Iniciei no Aprendiz Musical em 2005, na Escola Municipal Sítio do Ipê, na época com 12 anos. Meu primeiro instrumento foi a flauta doce, depois passei pela flauta tenor e por fim optei pela flauta transversa. Desde o início ficava igual a um passarinho em casa, não parava de tocar. Quando entrei na Orquestra Jovem de Niteroi, anos depois, ganhei de presente da minha mãe a primeira flauta transversa, instrumento que na época custava muito caro – uns R$ 1.700,00. A solução encontrada para adquirir o instrumento foi parcelar a compra em 10 vezes. A primeira vez que cheguei em casa com a sonhada flauta, ela caiu no chão e amassou, nesse momento entrei em desespero. Felizmente quando toquei não teve problema algum, funcionou normalmente e está até hoje com o amassado. Não vendo, não troco, não empresto minha flauta com o amassadinho pra ninguém.
Em 2013, não consegui mais conciliar os ensaios da Orquestra Jovem de Niterói com os estudos e o trabalho e precisei sair do Aprendiz. Quatro anos depois, em 2017, me formei em licenciatura em música pelo Conservatório Brasileiro de Música. Mais tarde, cursei uma pós-graduação em educação especial inclusiva e hoje faço aulas de musicoterapia. Costumo dizer que o Aprendiz Musical teve grande importância na minha vida. Eu sempre gostei de música desde bem novinha, mas se não fosse o Aprendiz, eu não teria me formado em música. Até a minha monografia da faculdade foi sobre o Programa Aprendiz.
Depois de um longo tempo afastada com muita saudade, retornei ao Aprendiz através do convite do professor e coordenador Rafael dos Prazeres, mas agora como professora do programa. Hoje, ministro aulas nas duas escolas municipais onde fui aluna, Diógenes Ribeiro e Sitio do Ipê. Tudo que vivi com o Aprendiz, procuro passar para os meus alunos, porque esse programa foi a realização de um sonho de vida. Sabe quando você passa de fase em um jogo de vídeo game e você ganha aquela estrelinha? É como se fosse isso! E o Aprendiz está em todas as fases da minha vida!