‘A influência africana na MPB’ é tema de palestra de Luiz Antônio Simas no Aprendiz Musical

Turma formada por alunos do Projeto Decola participaram do evento, que abriu o segundo módulo do ano

Alunos do Programa Aprendiz Musical participaram na quinta-feira (13), no Salão Aprendiz do Conservatório de Música de Niterói (CMN), de uma palestra especial do Professor Luiz Antônio Simas – que abordou o tema ‘A influência africana na música popular brasileira’.

O público faz parte do projeto complementar Decola (intermediário e avançado), que são os alunos do Aprendiz com idade entre 10 e 20 anos. O Decola é um dos projetos de formação do Programa Aprendiz Musical – e visa o desenvolvimento emocional e a cidadania, além de potencializar os jovens em suas habilidades e competências. 

Sala Aprendiz do Conservatório de Música de Niterói ficou lotada para a palestra – Foto Sérgio Bonelli

Essa palestra foi a abertura do segundo dos três módulos realizados pelo Programa Aprendiz este ano. A palestra contribui para formação e comunicação para o Letramento Crítico Racial, com a organização e implementação de encontros formativos com estudiosos e pesquisadores.

“O Aprendiz Musical é um projeto que enche Niterói de orgulho e que nos presenteia ao descobrir talentos. O programa é hoje o maior do país de iniciação musical e motivo de orgulho para nossa cidade que revela cada vez mais talentos e forma cidadãos. A formação de canto coral é uma importante disciplina que integra um conjunto de formações relacionadas ao programa. Eu acompanho o Aprendiz desde 2013 e, desde então, vejo de perto o trabalho para superar as adversidades e transformar essa iniciativa em sinônimo de excelência. Acreditar neste projeto é fazer uma escolha pelo futuro da cidade, dos nossos jovens”, destaca Axel Grael.

Sobre a palestra

“A palestra especial do professor Luiz Antônio Simas contempla a atuação ampla da formação musical do Programa Aprendiz, que vai além do conhecimento técnico e teórico relacionado aos instrumentos musicais. A partir do conhecimento acerca de nossa cultura, ampliamos a compreensão dos jovens e o entendimento sobre a música que fazemos hoje no país. Nossa música popular, formada em um contexto diverso, foi muito potencializada pela influência do povo africano e o professor Luiz Antônio Simas é um grande estudioso dessas encruzilhadas. Tenho certeza de que a palestra será enriquecedora na formação destes jovens músicos”, acrescenta o secretário Executivo da Prefeitura de Niterói, André Diniz. 

Luiz Antônio Simas durante a palestra para os alunos do Aprendiz Musical – Foto: Alê Gomes

Educação para Relações Étnico-Raciais

De acordo com texto assinado pelo próprio Luiz Antônio Simas, “as exigências éticas, pedagógicas e epistemológicas desencadeadas pela implantação e em implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino da História e da Cultura Afro-brasileira e Africana (Brasil, 2004) mobilizam a produção do conhecimento como ato de superação de desigualdades e discriminações contra a população negra. É justamente nesse contexto maior que se inscreve a Educação para as relações étnico-raciais cuja intencionalidade é a formação de pessoas dedicadas em promover condições de igualdade ao exercício pleno de direitos sociais, políticos e econômicos implicados aos direitos de ser, viver e pensar próprios aos diferentes pertencimentos culturais e identidades raciais e étnicas. Em outras palavras, busca-se a construção de relações de aprendizagem para a promoção e valorização de populações negras e originárias em suas visões de mundo, em suas experiências históricas, seus territórios de existência e suas criações estéticas. Nos valemos, em nossa proposta, da mediação da linguagem musical para condução de processos de ensinar/aprender para Educação para Relações Étnico-Raciais”, explicou o professor.

Sobre Luiz Antonio Simas

Luiz Antonio Simas é carioca, filho de mãe pernambucana e pai catarinense. É professor, historiador, escritor, educador e compositor, com trinta anos de experiência em sala de aula. É bacharel, licenciado e mestre em História Social pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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